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31 dezembro, 2013

Sonhar é preciso! Feliz 2014!

Estamos vivendo as últimas horas de 2013. Eu, particularmente nunca pensei em viver este ano. Por muitas vezes, especialmente em momentos de crises em decorrência do Lúpus eu acreditei que nunca viveria até os 28 anos de idade, nunca me formaria em Psicologia, nunca visitaria tantos lugares maravilhosos ou conheceria tantas pessoas excepcionais. Mas eis me aqui, viva, ha 4 anos sem crises, coordenando um Projeto que tem auxiliado dezenas de pessoas com lúpus na cidade de Juazeiro Bahia, Psicóloga formada por uma Universidade Federal e sonhando cada dia mais.
Tudo isso compartilho aqui hoje, neste último dia de 2013, para dizer-lhe que é possível sonhar, acreditar, desejar...
Que em 2014 nada possa parar os seus pés, nenhum diagnóstico, nenhum outro obstáculo. Pois tudo é possível ao que crer e nós somos do tamanho dos nossos sonhos!


28 outubro, 2013

Para o sertão virar mar


Confiram:
fabianaNo último dia 18 a Universidade Federal do Vale do São Francisco em Petrolina Pe completou 9 anos de atuação na região. No dia seguinte eu, Fabiana Bezerra, negra, periférica, filha de um pintor e uma técnica de enfermagem, ex-aluna do Colégio Estadual Rui Barbosa, ex-aluna de um cursinho pré-vestibular ofertado pela Prefeitura Municipal de Juazeiro, na época, com diagnóstico de Lúpus a 13 anos conclui o curso de Psicologia nesta Universidade, contrariando todas as expectativas sociais.
Hoje sou psicóloga formada por uma Universidade na minha terra-natal e tenho um sonho: um sonho de que mais alunas e alunos negros, oriundos de escolas públicas do sertão e do resto do Brasil, possam bradar neste palco como eu! Que mais jovens negros saiam da Univasf com seu diploma na mão! Só assim o sertão vai virar mar! Esses são os meus votos para os próximos 9 anos da Univasf!
Que a Univasf se pinte de negro e de todas as cores entre os alunos e professores. Que se pinte de operário e camponês, que a Univasf se pinte de povo, porque a Universidade não é patrimônio de ninguém. Pertence ao povo!(Che Guevara)
Fabiana Bezerra/Psicóloga pela Universidade Federal do Vale do São Francisco

Quem tem Lúpus pode tomar vacinas?


Algumas vacinas DEVEM ser usadas por quem tem Lúpus Eritematoso Sistêmico porque aumentam as defesas e dentre essas as mais importantes são as contra a PNEUMONIA PNEUMOCÓCICA e as contra o vírus da GRIPE além das indicadas no Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde. Se a pessoa com Lúpus estiver usando imunossupressores, incluindo os corticóides, NÃO DEVE receber as vacinas com vírus vivos atenuados como as da FEBRE AMARELA, VARICELA, ROTAVÍRUS E SABIN.


Extraído da Cartilha da Sociendade Brasileira de Reumatologia 
http://www.reumatologia.com.br/PDFs/LES_Cartilha_PDF_COMPLETO_2011.pdf

22 julho, 2013

Brasil aprova nova droga biológica contra o lúpus


Por: DHIEGO MAIA
RICARDO MANINI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
O primeiro medicamento desenvolvido em mais de 50 anos para tratar especificamente pessoas com lúpus chegou ao mercado brasileiro neste mês. A droga, batizada de Benlysta, é uma proteína que combate o processo responsável por levar o corpo do paciente a atacar as próprias células de defesa.
O tratamento é caro. Cada infusão da droga, administrada por injeção intravenosa, custa R$ 3.800 para alguém com até 60 kg. Só no primeiro ano do tratamento, é preciso desembolsar R$ 57 mil pelas 15 doses previstas, mas o custo pode ser maior, de acordo com o peso do paciente, segundo a fabricante GSK.
O tratamento existente hoje, à base do anti-inflamatório cortisona, não custa mais do que R$ 2.000 ao ano. A droga também é distribuída pela rede pública de saúde.
Estima-se que o Brasil tenha 200 mil pessoas com lúpus. Por ano, mais de mil casos são diagnosticados. Segundo o Ministério da Saúde, em 2012, a doença levou à internação 4.475 pessoas. As mulheres são as mais afetadas. Em cada grupo de dez doentes, nove são mulheres em idade reprodutiva.
Roberta Jaworski/Editoria de Arte/Folhapress(articleGraphicSpace).
O lúpus é uma doença autoimune. Morton Scheinberg, reumatologista que coordenou parte dos testes clínicos da nova droga no Hospital Abreu Sodré, explica que os linfócitos B, células de defesa, produzem anticorpos que atacam o organismo das pessoas que têm a doença.
O lúpus mais "leve" causa artrite, fadiga, perda de cabelo e problemas na pele. Em fase moderada, a doença leva a uma queda no número de plaquetas e glóbulos brancos no sangue. Casos graves acometem os rins e o sistema nervoso central, causando desde dores de cabeça até convulsões e paralisia.
O novo remédio, que também é um tipo de anticorpo, dificulta o amadurecimento dos linfócitos B para reduzir seu ataque aos tecidos saudáveis do organismo.
Segundo Roger Levy, professor da Uerj (Universidade Estadual do Rio de Janeiro) e pesquisador que avaliou o Benlysta no Brasil, os efeitos adversos da cortisona aparecem com o tempo. "Anos de uso podem causar diabetes, hipertensão, aumento de peso, queda de cabelo e necrose nos ossos", afirma.
A nova droga, porém, não é isenta de efeitos colaterais, incluindo infecções graves, náuseas, diarreias e febre.
De acordo com o reumatologista Luiz Coelho Andrade, da Unifesp, o Benlysta não vai substituir o tratamento existente. "O uso deverá ser complementar ao tratamento convencional."
O médico nota avanços no tratamento da doença. "Há 40 anos, mais da metade das pessoas com lúpus morria. Hoje, quando o paciente descobre que tem a doença, dizemos que ele vai levar uma vida normal, apesar de eventuais complicações."
A FDA (agência reguladora de fármacos nos EUA) autorizou a venda do Benlysta após oito anos de pesquisa. Os estudos foram feitos em 31 países, incluindo o Brasil. A GSK diz que pretende comercializar o medicamento também na versão para injeção subcutânea em três anos.
Colaborou DÉBORA MISMETTI
DHIEGO MAIA e RICARDO MANINI participam do 1º Programa de Treinamento em Ciência e Saúde, que tem patrocínio institucional da Pfizer
Extraído de:http://www1.folha.uol.com.br/equilibrioesaude/2013/07/1314518-brasil-aprova-nova-droga-biologica-contra-o-lupus.shtml

20 julho, 2013

Lúpus, doença de Paulinha em ‘Amor à Vida’, interna 2 por dia no SUS de SP

Doença autoimune não tem causa conhecida, mas pode ser tratada com sucesso

A personagem infantil Paulinha foge do perfil mais comum entre os que sofrem da doença: é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico Foto: TV Globo / Reprodução
A personagem infantil Paulinha foge do perfil mais comum entre os que sofrem da doença: é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico Foto: TV Globo / Reprodução
A personagem Paulinha, vivida pela atriz-mirim Klara Castanho na novela global ‘Amor à Vida’, sofre de lúpus no fígado. A doença, que não possui causa conhecida nem tem cura, foi a causa de 637 internações no SUS do estado de São Paulo em 2012. Levantamento da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo com base nos dados de 2012 e divulgado nesta quarta (17), mostra que, em média, os hospitais públicos do Estado internam duas pessoas a cada dia com diagnóstico de lúpus eritematoso.
O lúpus afeta o sistema imunológico do doente, que passa a produzir anticorpos que atacam e provocam inflamação de células e tecidos saudáveis do corpo, por isso é chamado de doença autoimune. Segundo Lenise Brandão Pieruccetti, chefe de reumatologia do Hospital Heliópolis, na zona Sul de São Paulo, a doença está ligada a uma predisposição genética, e os primeiros sintomas podem aparecer em qualquer faixa etária.
O lúpus afeta o sistema imunológico do doente Foto: TV Globo / Reprodução
O lúpus afeta o sistema imunológico do doente Foto: TV Globo / Reprodução
“No entanto, é no adulto jovem do sexo feminino, e na idade fértil, entre 25 e 50 anos, que ocorre a maior incidência do diagnóstico. A explicação pode estar no estrogênio, hormônio feminino, que funciona como um fator desencadeante”, afirma.
Pele, rins e o sistema nervoso central são as partes mais afetadas pelo lúpus. A alta exposição aos raios ultravioletas torna o indivíduo mais suscetível à doença. O sintoma mais claro é o aparecimento de manchas no rosto, no formato de “asa de borboleta”. Mas o paciente pode apresentar, também, sensibilidade ao sol, dor articular, queda de cabelo, febre persistente e fraqueza. Nos casos mais graves, chamados de lúpus eritematoso sistêmico, o paciente pode apresentar lesões crônicas que deixam cicatrizes na pele.
O tratamento, realizado por um reumatologista, inclui o uso de protetor solar, anti-inflamatórios, corticoides e imunossupressores, mas a conduta médica varia conforme cada indivíduo. “Embora ainda sem cura, com a medicação correta, a doença pode ser tratada com sucesso. A sobrevida do paciente tem sido cada vez maior, chegando a 98% em alguns casos”, explica Lenise. A recomendação é procurar sempre orientação médica, caso algum dos sintomas se manifeste.
Fonte: Portal Terra

01 junho, 2013

Lúpus atinge em grande parte mulheres em idade fértil


Doença atinge uma em cada mil pessoas, apontam reumatologistas

DA REDAÇÃO
Novas diretrizes de tratamento do Lúpus foi um dos destaques da 19ª edição da Jornada Centro-Oeste de Reumatologia, que acontece entre os dias 25 e 27 de abril, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá.

O professor da Universidade Federal de Goiás (UFG) e chefe do Serviço de Reumatologia da Faculdade de Medicina/Hospital das Clínicas da UFG, Nilzio Antônio da Silva chama atenção para o lúpus, que apesar de desconhecido por boa parte da sociedade brasileira, não é uma doença rara, e precisa ser mais divulgada para que indivíduos com manifestações da doença possam procurar ajuda precocemente.

“A cada mil pessoas uma tem a doença, e as mulheres são mais atingidas, em torno de 90%, em geral em fase fértil, pois há uma relação do estrogênio com o desenvolvimento da doença”, completou o médico.

Segundo o reumatologista atualmente os médicos tem mais flexibilidade para o diagnóstico e novos recursos de tratamento para esse mal que afeta tantos brasileiros. “O tratamento clássico do lúpus envolve doses variáveis de cortisona e de ciclofosfamida [uma medicação imunossupressora]. E em 2014 uma nova droga deve chegar ao país e se juntar ao tratamento tradicional, o agente biológico adalimumab. Novidades como essa é o que faz encontros como esse tão importante, é uma oportunidade de médicos se atualizarem e se organizar para valorizar os recursos e melhor atender o paciente”, afirmou.

O que é a doença

Conforme explica o reumatologista Nilzio da Silva, o lúpus é uma doença autoimune crônica que pode danificar qualquer parte do corpo (pele, articulações e/ou órgãos). No lúpus algo vai errado com o sistema imunológico, o qual luta contra vírus, bactérias e outros germes.

"O lúpus por ser uma doença crônica, não tem cura, e o tratamento visa o controle de sintomas. O tratamento é feito com antimaláricos, corticóide, antimaláricos. Autoimune significa que o sistema imunológico não consegue diferenciar os organismos invasores e os tecidos saudáveis do corpo. No lúpus o sistema imunológico cria autoanticorpos que atacam e destroem tecidos saudáveis”, explicou.

Normalmente o sistema imunológico produz proteínas chamadas anticorpos que protegem o corpo desses invasores. Esses autoanticorpos causam inflamação, dor e danos a várias partes do corpo. Quando as pessoas falam de lúpus, geralmente, se referem a lúpus eritematoso. Esse é o tipo de lúpus mais comum.

Sintomas

Segundo o médico os primeiros sintomas podem ser: cansaço, mal estar, falta de disposição, dor articular, alguns pacientes tem lesões de pele. "Cada caso é diferente, existem pacientes que são atendidos pelo grupo, que são portadores do lúpus comum”, disse.

Como se adquire a doença

O lúpus não é uma doença contagiosa, por isso não se deve ter a preocupação em evitar qualquer tipo de contato íntimo com a pessoa doente. "No entanto, essa doença possui um leve componente de hereditariedade, ou seja, parentes de primeiro grau de pacientes com lúpus têm chances um pouco maior de desenvolvê-la", comentou Nilzio.

Lúpus em Cuiabá

Segundo o reumatologista e professor da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Luiz Sergio Guedes Barbosa, o lúpus é uma doença ainda cheia de mitos e estigmas assim como a hanseníase era há 20 anos. “As pessoas ainda conhecem muito pouco sobre a doença e sentem vergonha, ela é vista como misteriosa. Temos um desafio de ajudar a divulgar e desmistificar o lúpus e mostrar que é uma doença que tem tratamento e o paciente tem a perspectiva de uma vida longa e de qualidade”, pontuou.
Guedes conta que há 8 anos existe a Associação dos Portadores de Doenças Reumáticas Autoimune (APDRA) que dá suporte aos pacientes e familiares. “Estimamos que em torno de 600 pessoas sejam portadores do lúpus em Cuiabá, dessas 450 estão em tratamento no ambulatório de reumatologia do Hospital Julio Muller. Utilizamos uma equipe multiprofissional que foca não só na doença, mas também na saúde do paciente, para que ele tenha uma vida normal”.


30 março, 2013

Um novo olhar ...






O projeto de Atenção a Pessoa com Lúpus tem como objetivo oferecer aos usuários com diagnóstico de Lúpus, amigos, familiares e comunidade em geral, informações necessárias para a melhoria dos cuidados em saúde, favorecendo a qualidade de vida destes, através de encontros com especialistas das mais diversas áreas de saúde, através de rodas de conversas, nelas são oferecidas informações necessárias para a melhoria dos cuidados em saúde da pessoa com Lúpus de forma integral. Os encontros ocorrem em auditórios cedidos pela Secretaria Municipal de Saúde de Juazeiro- BA, com profissionais de saúde tais como médicos dermatologistas, reumatologistas, profissionais de psicologia, nutricionistas, farmacêuticos dentre outros. É apoiado pela Diretoria de Humanização e Educação Permanente, Gestão do Trabalho e Controle Social da Secretaria de Saúde de Juazeiro

Projeto Facilita Aposentadoria em Caso de Lúpus e Epilepsia




A Câmara analisa o Projeto de Lei 7797/10, do Senado, que inclui o lúpus e a epilepsia entre as doenças cujos portadores são dispensados de cumprir prazo de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez. O projeto altera a Lei 8.213/91, que trata dos Planos de Benefícios da Previdência Social. 
Atualmente, a lei prevê que independe de carência a concessão de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez ao filiado do Regime Geral de Previdência Social que tiver as seguintes doenças: tuberculose ativa, hanseníase, alienação mental, câncer, cegueira, paralisia irreversível e incapacitante, cardiopatia grave, doença de Parkinson, espondiloartrose anquilosante, nefropatia grave, estado avançado da doença de Paget (osteíte deformante), aids e contaminação por radiação. 
Para o autor da proposta, senador Paulo Paim (PT-RS), lúpus e epilepsia são males potencialmente incapacitantes e devem ser, obrigatoriamente, causas de aposentadoria por invalidez, quando a perícia médica detectar um grau de disfunção social e laboral que inviabilize a continuidade da pessoa em sua ocupação habitual. 
“A proposta corrige uma lacuna na legislação previdenciária, que não inclui o lúpus e a epilepsia entre as doenças que concedem o direito à aposentadoria por invalidez e, em consequência, à isenção do imposto de renda sobre os proventos e pensões decorrentes da aposentadoria ou reforma, que é concedida nesses casos”, afirma. 

Tramitação 
O projeto tramita em caráter conclusivo Rito de tramitação pelo qual o projeto não precisa ser votado pelo Plenário, apenas pelas comissões designadas para analisá-lo. O projeto perderá esse caráter em duas situações: – se houver parecer divergente entre as comissões (rejeição por uma, aprovação por outra); – se, depois de aprovado pelas comissões, houver recurso contra esse rito assinado por 51 deputados (10% do total). Nos dois casos, o projeto precisará ser votado pelo Plenário. e será analisado pelas comissões de Seguridade Social e Família; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania. 
Íntegra da proposta: PL-7797/2010

http://advonews.com.br/projeto-facilita-aposentadoria-em-caso-de-lupus-e-epilepsia/


PL 7797/2010 Inteiro teor 
Projeto de Lei


Situação: Pronta para Pauta na Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF)
Origem: PLS 293/2009

Identificação da Proposição

Autor
Senado Federal - Paulo Paim - PT/RS
Apresentação
01/09/2010
Ementa
Altera o art. 151 da Lei nº 8.213, de 24 de julho de 1991, que "dispõe sobre os Planos de Benefícios da Previdência Social e dá outras providências", para incluir o lúpus e a epilepsia entre as doenças cujos portadores são dispensados de cumprir prazo de carência para usufruir dos benefícios de auxílio-doença e aposentadoria por invalidez.

Informações de Tramitação

Forma de Apreciação
Proposição Sujeita à Apreciação Conclusiva pelas Comissões - Art. 24 II

O poder da aceitação




por Andre Lima - andre@eftbr.com.br
Sempre que surge em nós alguma emoção negativa, estresse ou qualquer tipo de desconforto emocional, é um sinal de que, em algum nível, entramos em um processo de não aceitação da realidade. Situações acontecem e reagimos internamente contra a realidade nos causando sofrimento.

Os pensamentos de não aceitação são os mais diversos. Alguns desses pensamentos falam sobre coisas que estão acontecendo no presente momento e outros focam em situações já passadas: eu não deveria ter feito isso; fulano deveria ter falado comigo de outro forma; as pessoas deveriam se comportar de tal maneira; eu deveria ter feito outra coisa e não fiz; o mundo deveria ser mais justo; eu não aceito o que aconteceu comigo; não suporto o jeito de falar de fulano (pensamento que deixa implícito que fulano deveria ser de outra forma); o avião não deveria estar atrasado etc..

Imediatamente ao entrarmos em conflito com a realidade, surge desconforto. Ditamos internamente como a realidade e as pessoas deveriam ser. Mas elas são sempre do jeito que são, e não há pensamento no mundo dentro de nós que possa mudar a realidade do jeito que ela está se apresentando naquele momento, ou o que já passou.

Uma das formas mais comuns de não aceitação da realidade é o hábito de reclamar. Existem pessoas que reclamam continuamente de tudo o que acontece e que não se encaixa com o ideal imaginário que ela criou. Reclamam do trânsito, da fila, do atraso, do salário, das atitudes de alguém, e até do clima, o que as deixam eternamente estressadas e insatisfeitas.

Existe uma crença que está profundamente enraizada no inconsciente coletivo que diz que se nós aceitarmos as coisas como elas são, não vamos fazer nada e assim tudo ficará do jeito que está. Essa crença deixa implícito que nós só vamos agir se ficarmos infelizes e estressados, o que ajuda a alimentar o estado de não aceitação. O que acontece é que a maioria das pessoas continua reclamando, gerando muito desconforto para si e para a coletividade, e não toma providências práticas para melhorar a realidade.

Será que é possível entrar em um estado de aceitação e agir mesmo assim para mudar algo? Sim, é claro que é possível. Aceitação é diferente de acomodação. Aceitação é apenas o fim da guerra interna com a realidade; o fim da ditadura interior que diz que a realidade deveria ser de outra forma enquanto ela é do jeito que é, nos causando apenas estresse. A acomodação acontece quando podemos fazer algo e não fazemos. Podemos aceitar a realidade, ou seja, deixar de ficar brigando internamente com ela, já que isso não ajuda e apenas nos causa desconforto, e ao mesmo tempo fazermos o melhor que pudermos para tornar a realidade mais prazerosa.

A acomodação é sempre um reflexo de medos, inseguranças e processos de autossabotagem se manifestando em alguém. Não faz sentido poder fazer alguma coisa e simplesmente não fazer. Um ser humano em perfeito equilíbrio emocional consegue aceitar em paz a realidade e ao mesmo age da melhor forma que puder se tiver algo que possa ser melhorado com sua ajuda. Se você faz um pedido ao garçom e ele traz a comida errada, é possível simplesmente aceitar o erro que ele cometeu (e assim não se sentirá estressado) e ao mesmo tempo pedir pra que ele traga o prato correto.

Uma pessoa acomodada sente medo, preguiça, vergonha e acaba não tomando a providência necessária. Já a pessoa que está no modo da não aceitação, toma a providência, mas acaba gerando muito desconforto para si mesma. Conforme todos nós sabemos, o estresse afeta a nossa saúde emocional e física, gera tensões no corpo e diversas outras somatizações.

A ação que vem de uma pessoa em um estado de aceitação é mais eficiente pois está livre de qualquer negatividade. Assim não há exageros, dramas ou distorções. É uma ação lúcida, que vem de alguém que sabe lidar bem com a realidade.

Os melhores diplomatas, negociadores e conciliadores são pessoas que não ficam brigando internamente com a outra parte, eles aceitam e fazem o melhor possível e assim conseguem resultados muitas vezes surpreendentes.

Mas em muitos casos, não há nada realmente a fazer. Reclamar do trânsito, por exemplo, não o fará ir mais rápido. Nesses casos a única coisa sensata a se fazer é entrar no estado interior da aceitação. O mesmo é válido para qualquer fato que tenha acontecido no passado.

Toda a negatividade que criamos em torno da não aceitação, além de gerar estresse, ajuda a atrair mais situações desagradáveis. Atraímos para a nossa realidade aquilo que estamos sentido, e se nosso estado interior é de desconforto, mais situações desagradáveis surgem. O estado de não aceitação faz ainda a nossa mente ficar focada nas coisas negativas da vida, consumindo nossa atenção que poderia estar direcionada para coisas boas ou para criar soluções e transformar a realidade.

Talvez você já tenha passado pela seguinte experiência. Ao se desapegar de um determinado problema que você tentou de várias formas resolver e não conseguiu, surge uma solução sem que seja preciso a sua intervenção ou que exija apenas uma ação bem simples. O desapego faz parte do estado de aceitação.

Quando aplicamos *EFT (técnica para autolimpeza emocional, veja como receber um manual gratuito no final do artigo), removemos todos os sentimentos desconfortáveis que surgem ao pensarmos em situações do passado, situações futuras e outros pensamentos quaisquer. Isso nos coloca em um estado profundo de aceitação. Nesse estado de paz interior nossa sabedoria aumenta e sabemos de uma forma intuitiva se é possível agir, e caso seja possível, a melhor ação a ser tomada.

André Lima

http://somostodosum.ig.com.br/clube/c.asp?id=33851#.UVbuzOesDoE.facebook

08 janeiro, 2013

FELIZ TUDOOO NOVOOOO !!!!!!!!!!!!!!!

Quero desejar um 2013 para tod@ nós cheio de boas energias,fé,resistência e prosperidades...Entrei 2013 com o coração grato por quase três anos sem nenhum sintoma do Lúpus,pelas grandes conquistas na minha vida profissional,pela vida do meu sobrinho JP,por meus amig@s-irm@s recebidos,enfim...tanta coisa boaaaa. 
Compartilho um pouquinho de um texto   do  Guimarães Rosa que me foi enviado  por uma grande mulher que a vida me deu o prazer de conhecer chamada Izabel Angelim,que tece alguns comentários preciosos a respeito... 

Um pouquinho de Guimarães Rosa para que não nos esqueçamos que nas lutas e batalhas da vida, nossas trincheiras mais fortes serão sempre as da alegria:

 "Todo caminho da gente é resvaloso. Mas também, cair não prejudica demais. A gente levanta, a gente sobe, a gente volta!...
O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim: Esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem.
Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria, e  ainda mais alegre no meio da tristeza "

É isso, acho que a alegria tem um quê de revolucionária, pois transforma a nós mesmas e aos outros, contagiando tudo e tod@s. Sei também o quanto somos tentadas pela tristeza (principalmente naqueles dias, rsrsrs), mas que venha a tristeza também, sem contudo nos abater por demais, apenas o suficiente prá gente chorar um pouco, lavar a alma e lembrar que estamos vivas e que o nosso tempo é agora e que precisamos fazer o melhor dele e com ele ( o tempo).

 

Abraços!